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terça-feira, 14 de maio de 2013

Sequência Didática -2º Encontro - Texto: Avestruz


SEQUÊNCIA DIDÁTICA  ELABORADA NO  2º ENCONTRO PRESENCIAL  14/05/2013

CURSO: MELHOR GESTÃO - MELHOR ENSINO

PARTICIPANTES: Gélcina de Freitas Solana Regonato,  Valeria Ap. Gennari Ceschn,  Marcela Manfio Passini  Solange Ap. Machado e Ana Maria Cantizani e Amanda Scavazza Silva

                                                               TEXTO: AVESTRUZ, MARIO PRATA

DIÁLOGO E REFLEXÕES

A Intenção é proporcionar uma reflexão mediada sobre a amizade. A seguir alguns pontos da discussão:

·         Você já viu uma imagem de avestruz?

·         Que característica  tem esse animal? Como é esse animal

·         Já conhece algum outro texto de Mario Prata?

 LEVATAMENTO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIOS

Será feito um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos  por meio do título da crônica “Avestruz”, possibilitando ao aluno fazer antecipações a respeito da história que será lida, estipulando objetivos da leitura com a turma, a partir das questões:

·         Vocês acham Seria possível ter uma avestruz de estimação?

·         Seria possível ter um avestruz no apartamento?

·         O que poderia acontecer nesta história com este título?

( apresentar uma imagem de um avestruz com os recursos disponíveis  ao lançar o desafio de uma tarefa para que pesquisem  sobre a vida desse animal

DURANTE A LEITURA

Fazer paradas estratégicas a fim de que eles façam inferências, percebam características do gênero, conhecendo as palavras chaves e ideias desconhecidas e realizando questionamentos acerca  da  das personagens  a  partir das descrições do narrador.

DEPOIS DA LEITURA

·         Verificar se as hipóteses formuladas a partir da reflexão inicial se confirmaram.

·         Promover uma análise geral do texto, apontando as escolhas linguísticas  : nome científicos 

·         Ler trecho do Gênesis  para verificar a intertextualidade com esse texto bíblico ( mas estabelecendo uma crítica em relação a afirmação de que Deus teria errado na criação do avestruz por ele ser desajeitado e grande.

·         Observando que esta característica é própria dos textos de humor.

·         Explorar características como as escolhas linguístico-discursivas  (menopausa/ gigolô/nome científico da ave)

·         da crônica, o suporte/ veículo de comunicação, público leitor, escolhas linguísticas, dentre outras.

Atividades diferenciadas

Orientação para dramatização:  Imaginar todas as situações das mais inusitadas possíveis  que possam acorrer tendo um avestruz dentro do apartamento  com grupos heterogêneos  no qual aqueles com mais facilidade de escrita montem o texto e aqueles que necessitem desenvolver a leitura e a oralidade encenem  tais situação/ Atividades extras de produção de um gênero já conhecido como a notícia em que haja a produção de uma notícia  e apresentação de um telejornal

APROFUNDAMENTO / AVANÇO

 O texto de Mario Prata trabalha com a importância da persuasão: a criança só desiste quando a personagem a convence que que o avestruz poderia comer  times inteiros de futebol de botão e principalmente chuteiras .

Outro aspecto importante que pode ser levantado é a valorização da relação da criança com os animais, a importância da convivência e  respeito a os bichos e a sua natureza do animal.

SUGESTÃO DE OUTROS GÊNEROS TEXTUAIS COM A TEMÁTICA DA AMIZADE

Estatutos e Direitos dos animais (pouco lembrado na escola)

FILMES: Betoween,  Marley e Eu e  Madagascar abordam a convivência com animais

Seqüência didática com o texto “O AVESTRUZ” 
(Mario Prata)
Público Alvo: 9º ano – 8ª série
Aulas previstas: 06
Conteúdos e temas: traços característicos da crônica narrativa.            
Competências e habilidades: reconhecer características do gênero “crônica”, comparar a narrativa em diferentes gêneros.

Passo 1 – Apresentar a quadrinha:
                               
“É um  animal que engole tudo,
 Moeda, tampa e botão.
 É uma ave que não voa,
 Mas corre feito rojão
 Você sabe o que é então?”

                                                                             Adaptação de um trecho do livro :
                                                                          ” 

Fazer o questionamento:
      - Quem já ouviu falar ou já viu um avestruz?
      - Quais as características deste animal?
      - O que ele come?
      - O que o título sugere?
      - Geralmente este título remete a textos científicos como o texto estudado no caderno 1 “beija-flor”, será que é igual, pertence ao mesmo gênero, fala de seus hábitos alimentares?

Passo 2 – Durante a leitura
  
       Inicia-se a leitura colaborativa ou compartilhada com inferências do professor  acerca do vocabulário e expressões: TPM, Floripa, Higianópolis, struthio etc.

      Quanto ao gênero, o texto corresponde ao que se esperava? É um artigo científico ou uma narração?
      A qual gênero pertence?

     Mostrar dentro da tipologia narrativa, que há vários gêneros os quais contam  histórias. Que esse especialmente é uma crônica narrativa, assim fornecendo as características do gênero, confrontando com conto, fabula e lenda.

Reflexão:

      Perguntar se os alunos entenderam o texto.
      O que fez o menino mudar de idéia em relação ao  presente?
      Os argumentos foram convincentes e resolveram o problema?

Passo 3 - Após leitura

      Propor uma reescrita do texto, priorizando a dupla produtiva. Em seguida troca-se os textos para uma revisão  que posteriormente volta à dupla autora, para reconhecer seus erros.
      Ilustração da crônica em forma de charge, ou caricatura.
     


                             


      Exibir o filme “Os pingüins do papai”, para as comparações finais, exaltando a diferença, de que o menino queria receber um presente inusitado, mas acabou desistindo e pensando em outro;.já no filme, o protagonista  recebeu um presente que não era esperado, acabando adaptando o próprio apartamento para os pingüins.


Grupo 01
Ana Claudia Rosin Mattielo
Antônia Lucia Costa de Oliveira
Ana Rita Soares da Cunha Píton
Ana Mirela Lista Francisco
Demercina Lago Colho de Medeiros
Ivete Vargas Cruz

Sequência didática -1º Encontro -Texto: No aeroporto -Gelcina


SEQUÊNCIA DIDÁTICA  ELABORADA NO  1º ENCONTRO PRESENCIAL

CURSO: MELHOR GESTÃO - MELHOR ENSINO

PARTICIPANTES: Gélcina de Freitas Solana Regonato,  Valeria Ap. Gennari Ceschn,  Marcela Manfio Passini  Solange Ap. Machado e Ana Maria Cantizani

                       TEXTO: NO AEROPORTO, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

DIÁLOGO E REFLEXÕES

A Intenção é proporcionar uma reflexão mediada sobre a amizade. A seguir alguns pontos da discussão:

·         Você já viveu intensamente uma amizade mesmo que por pouco tempo?

·         O que esta vivência marcou em você após a partida ou distanciamento desta pessoa?

LEVATAMENTO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIOS

Será feito um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos  por meio do título da crônica “No aeroporto”, possibilitando ao aluno fazer antecipações a respeito da história que será lida, estipulando objetivos da leitura com a turma, a partir das questões:

·         Como você imagina que seja um aeroporto?

·         Quais as situações que podem ser vividas em um aeroporto?

·         Já ouviram falar no Aeroporto do Galeão? Em que cidade do Brasil ele fica?

·         Já leram algum outro texto do autor Carlos Drummond de Andrade?

·         O que poderia acontecer nesta história com este título?

DURANTE A LEITURA

Fazer paradas estratégicas a fim de que eles façam inferências, percebam características do gênero, conhecendo as palavras chaves e ideias desconhecidas e realizando questionamentos acerca da personalidade do personagem Pedro a partir das descrições do narrador.

DEPOIS DA LEITURA

·         Verificar se as hipóteses formuladas a partir da reflexão inicial se confirmaram.

·         Promover uma análise geral do texto, apontando para a quebra de expectativas feitas acerca do personagem – observando que esta característica é própria dos textos de humor.

·         Explorar características como as escolhas linguístico-discursivas da crônica, o suporte/ veículo de comunicação, público leitor, escolhas linguísticas, dentre outras.

APROFUNDAMENTO / AVANÇO

 O texto de Carlos Drummond de Andrade desconstrói conceitos e poderá beneficiar o crescimento da consciência sobre a amizade entre pessoas diferentes, e tem como seu cerne o princípio do respeito à diferença, portanto será a oportunidade refazer uma releitura deste texto e solicitar aos alunos para que realizem uma produção final cujo tema poderá ser uma vivência com alguém bem diferente e em que medida esta convivência trouxe contribuições para a vida de ambos.

SUGESTÃO DE OUTROS GÊNEROS TEXTUAIS COM A TEMÁTICA DA AMIZADE

FILMES: O menino do pijama listrado – Conta Comigo,  A cura e O pequeno Nicolau.

Situação de Aprendizagem - No Aeroporto


Situação de Aprendizagem – No aeroporto

Antes da Leitura

ü  Questionar os alunos se já tiveram a oportunidade de conhecer um aeroporto?

ü  Como você imagina que seja um aeroporto? Quais os serviços que são oferecidos?

ü  Apresentar para a classe através de slides, fotos dois aeroportos. (Bauru e Campinas).

ü  Fazer a comparação dos dois aeroportos, pedir que identifiquem as semelhanças e as diferenças entre os dois.

Durante a Leitura

ü  O professor faz a leitura interagindo com a sala, grifando as palavras desconhecidas e perguntando o seu significado, em seguida procurar no dicionário.

Após a Leitura

ü  Questionar o aluno sobre o autor.

ü  Suas obras.

ü  Onde o texto esta circulando.

ü  Qual seu publico alvo.

ü  Fazer uma intertextualidade com a Novela das oito “Salve Jorge” mostrar as pessoas traficadas, como é feito o esquema, a facilidade que as pessoas têm na novela, o que não acontece na vida real.

ü  Trabalhar a musica: Encontros e despedidas – analisar a musica

ü  Fazer um gráfico, quantas pessoas passas diariamente pelo aeroporto?

ü  Fazer a leitura do gráfico.

ü  Fazer uma produção escrita com o tema “Aeroporto”

 

 Grupo 2- Terça feira  1º Encontro

Elaine Perazolli

Elizangela Santos

Lúcia Souza

Neide Barasca

Rosemary Silva

Sugestão de Situação de Aprendizagem

 

Situação de Aprendizagem

Texto: AVESTRUZ (Mário Prata)

1o Momento: ANTES DA LEITURA
  • Trazer o conceito de animal de estimação;
  • Fazer o levantamento dos tipos de animais de estimação que os alunos conhecem;
  • Desenhar o animal de estimação e, se for o caso, desenhar o animal de estimação que gostaria de ter;
  • Montagem de um painel com os desenhos dos animais de estimação dos alunos;
  • Fazer uma tabela, enumerando a quantidade dos animais de estimação ( quantos cachorros, gatos, etc);
  • Pesquisar na internet a respeito da avestruz (tamanho, peso, altura, habitat, hábitos, alimentação, etc);
  • Discussão oral: questionar os alunos se a avestruz poderia ser um animal de estimação.




 
2o Momento: DURANTE A LEITURA
  • Leitura em duplas, ou seja, o aluno com mais dificuldade e um aluno com menos dificuldade, lendo um para o outro;
  • Leitura compartilhada do texto, com interferência do professor, checando as hipóteses feitas pelos alunos.
  •  
 
3o Momento: APÓS A LEITURA
  • Desmontar o painel de desenhos, colocando numa caixa e realizar um sorteio entre os alunos dos desenhos;
  • Cada aluno faz a descrição escrita, a partir da ilustração sorteada. (OBS: Se a escrita de algum aluno não for clara, solicita-se ao aluno que leia o que escreveu e o professor o ajuda a transcrever para a escrita convencional);
  • Remontagem do painel apenas com as figuras;
  • Leitura oral da descrição. A classe tenta descobrir a qual animal se refere e, posteriormente, coloca-se a descrição ao lado da imagem.
 
Grupo 1 da turma de Terça-Feira:
 
Maria Fernanda Migliorini
Ana Angélica da Silva Cabral
Daniele Nassif Ortolani Pollini
Danielle Sega Carazzatto
Luciana Veneziani Morales Pebone
Turma 1

Situação de Aprendizagem "No Aeroporto"

Texto:



No Aeroporto
Carlos Drummond de Andrade


Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-la a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras e, a bem dizer, não se digne pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.
Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas intenções para com o mundo ocidental e o oriental e em particular o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e desconhecidos, gratificados com esse sorriso (encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação.
Devo admitir que Pedro, como visitante, nos deu trabalho: tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. Recebia tudo com naturalidade, sabendo-se merecedor das distinções, e ninguém se lembraria de achá-lo egoísta ou inoportuno. Suas horas de sono — e lhe apraz dormir não só à noite como principalmente de dia — eram respeitadas como ritos sacros a ponto de não ousarmos erguer a voz para não acordá-lo. Acordaria sorrindo, como de costume, e não se zangaria com a gente, porém é que não nos perdoaríamos o corte de seus sonhos. Assim, por conta de Pedro, deixamos de ouvir muito concerto para violino e orquestra, de Bach, mas também nossos olhos e ouvidos se forraram à tortura da TV. Andando na ponta dos pés, ou descalços, levamos tropeções no escuro, mas sendo por amor de Pedro não tinha importância.
Objeto que visse em nossa mão, requisitava-o. Gosta de óculos alheios (e não os usa), relógios de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório, botões simples ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las, mirá-las e (é seu costume ou sua mania, que se há de fazer) pô-las na boca. Quem não o conhecer dirá que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo diante de Pedro, de seu sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis — porque me esquecia de dizer que tem olhos azuis, cor que afasta qualquer suspeita ou acusação apressada sobre a razão íntima de seus atos.
Poderia acusá-lo de incontinência, porque não sabia distinguir entre os cômodos, e o que lhe ocorria fazer, fazia em qualquer parte? Zangar-me com ele porque destruiu a lâmpada do escritório? Não. Jamais me voltei para Pedro que ele não me sorrisse; tivesse eu um impulso de irritação, e me sentiria desarmado com a sua azul maneira de olhar-me. Eu sabia que essas coisas eram indiferentes à nossa amizade — e, até, que a nossa amizade lhes conferia caráter necessário, de prova; ou gratuito, de poesia e jogo.
Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.
Extraído de: Cadeira de balanço. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1976, p. 61, 62.
A Teoria na Prática


E.E. Dr. Domingos de Magalhães
Profºs Vera- Clau- Pedro
































Turma 1- Grupo 6
Aeroporto

(Carlos Drummond de Andrade)


Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-la a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras e, a bem dizer, não se digne pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.

Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas intenções para com o mundo ocidental e o oriental e em particular o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e desconhecidos, gratificados com esse sorriso (encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação.

Devo admitir que Pedro, como visitante, nos deu trabalho: tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. Recebia tudo com naturalidade, sabendo-se merecedor das distinções, e ninguém se lembraria de achá-lo egoísta ou inoportuno. Suas horas de sono — e lhe apraz dormir não só à noite como principalmente de dia — eram respeitadas como ritos sacros a ponto de não ousarmos erguer a voz para não acordá-lo. Acordaria sorrindo, como de costume, e não se zangaria com a gente, porém é que não nos perdoaríamos o corte de seus sonhos. Assim, por conta de Pedro, deixamos de ouvir muito concerto para violino e orquestra, de Bach, mas também nossos olhos e ouvidos se forraram à tortura da TV. Andando na ponta dos pés, ou descalços, levamos tropeções no escuro, mas sendo por amor de Pedro não tinha importância.

Objeto que visse em nossa mão, requisitava-o. Gosta de óculos alheios (e não os usa), relógios de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório, botões simples ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las, mirá-las e (é seu costume ou sua mania, que se há de fazer) pô-las na boca. Quem não o conhecer dirá que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo diante de Pedro, de seu sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis — porque me esquecia de dizer que tem olhos azuis, cor que afasta qualquer suspeita ou acusação apressada sobre a razão íntima de seus atos.

Poderia acusá-lo de incontinência, porque não sabia distinguir entre os cômodos, e o que lhe ocorria fazer, fazia em qualquer parte? Zangar-me com ele porque destruiu a lâmpada do escritório? Não. Jamais me voltei para Pedro que ele não me sorrisse; tivesse eu um impulso de irritação, e me sentiria desarmado com a sua azul maneira de olhar-me. Eu sabia que essas coisas eram indiferentes à nossa amizade — e, até, que a nossa amizade lhes conferia caráter necessário, de prova; ou gratuito, de poesia e jogo.

Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

(Extraído de: Cadeira de balanço. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1976, p. 61, 62.)


Perguntas sobre o texto : Aeroporto

1) O texto Aeroporto de Carlos Drummond de Andrade, trata-se de:

a) uma crônica

b) uma fábula

c) uma poesia

d) um conto

e) uma notícia
(reconhecer os diferentes gêneros e suas funções)

2) Leia o seguinte trecho retirado do texto e responda:

“Fui levá-lo ao galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor.”

- Pedro foi levado para o galeão, que lugar é esse?

- O que é um quadrimotor?
(utilizar conhecimento de mundo para compreensão do texto

3) Por que Pedro se comunicava apenas através de gestos e expressões?
(elaborar inferências)

4) Quanto tempo Pedro passou na casa do amigo?
(localizar informações no texto)

5) Como é o amigo de Pedro?
(caracterizar personagens do texto a partir de pistas dadas – elaborar inferências))

6) Como era Pedro?
(caracterizar personagens do texto – integrar informações explícitas do texto)

7) Por que as pessoas andavam na ponta dos pés, ou descalços, levando tropeções no escuro?
(elaborar inferências)

8) Na expressão: “...e lhe apraz dormir não só a noite mas principalmente de dia”
A palavra apraz, significa:

a- agrada.
b- irrita.
(identificar contextualmente sinônimos de palavras)

9) O que o autor quis dizer com a frase: “ De repente o aeroporto ficou vazio.” ?
(interpretar frases e expressões do texto)

10) Que relação podemos estabelecer entre o título (Aeroporto) e o texto?
(apreender sentido geral do texto)



Relato de Experiência da Professora:


Segui exatamente a situação de aprendizagem que elaboramos. Escolhi um 9º ano para colocá-lo em prática, utilizei quatro aulas, e foi desenvolvido na Sala de Leitura, em parceria com a professora da sala de leitura, da coordenação e também da direção, que disponibilizou espaço e material Tudo isto fez com que o projeto fosse um sucesso. Após a última atividade da nossa situação de aprendizagem, ainda acrescentei as seguintes:


* utilização de sala de informática: a turma foi separa em grupos para as seguintes pesquisas e posterior socialização:

- aeroporto galeão ( onde fica?, sua importância política, econômica e social, história/ curiosidades, importância pra copa do mundo...

- biografia de drummond

- obras de drummond

- temática de suas obras

- sua importância em nossa literatura


* Avaliação do projeto:

Gostaria de ressaltar que procurei utilizar o máximo possível da tecnologia para tornar o projeto dinâmico e atrativo, assim, as atividades foram apresentadas em forma de slides, no data show. Coloquei de fundo, nos momentos de reflexão, canções que retratam o rio de janeiro (mpb). Os alunos utilizaram a Sala de Informática para fazer pesquisas e preparar socialização.



* Considerações finais:

Os alunos gostaram da abordagem do assunto, por isso, obtive 100% de participação e aproveitamento. Acredito que a tecnologia foi fundamental para despertar o interesse. Eu, como professora fui uma mediadora das próprias descobertas dos alunos. Isso me deixou bastante satisfeita, pois não gosto de passar conteúdos, gosto de criar oportunidades para que meu aluno crie seus conceitos, suas teorias, seu conhecimento. 

 Slides utilizados na aula: